
Especialista explica as causas do aumento entre crianças e adolescentes e orienta sobre prevenção
Os casos de miopia no Brasil devem crescer 54% até 2030, um dado que acende o alerta entre pais, educadores e profissionais de saúde. O aumento é especialmente preocupante entre crianças e adolescentes, que passam cada vez mais tempo diante de telas e têm menor exposição à luz natural.
O oftalmologista Dr. Marcelo Taveira, referência em cirurgia refrativa e cuidado ocular de excelência em Brasília, explica que o olho humano em desenvolvimento não foi projetado para longos períodos de foco próximo, típicos do uso de celulares, tablets e videoaulas.
“Essa combinação de fatores acelera o alongamento do globo ocular, levando ao aumento progressivo do grau de miopia”, explica o especialista.
Segundo Taveira, a alta miopia traz riscos sérios à saúde ocular, como descolamento de retina, glaucoma, catarata precoce e degeneração macular.
“Quanto maior o grau, maior o risco de alterações estruturais dentro do olho. Não se trata apenas de usar óculos, trata-se de preservar a visão e a qualidade de vida”, ressalta.
Embora a hereditariedade ainda tenha papel importante, o estilo de vida moderno é hoje o principal acelerador da condição.
Para frear o avanço da miopia em jovens, o médico recomenda:
. Limitar o tempo contínuo de uso de telas e fazer pausas regulares;
. Incentivar atividades ao ar livre;
. Observar hábitos de leitura, postura e distância de telas;
. Realizar avaliações oftalmológicas periódicas, especialmente quando há histórico familiar de miopia alta.
Ele alerta ainda para sinais de alerta, como fadiga visual, dor de cabeça ou piora rápida do grau, que exigem avaliação profissional.
“Prevenir é simples, mas exige conscientização. A corrida pela tela é real, e os olhos das crianças estão pagando o preço”, conclui Taveira.
